Uso excessivo de antibióticos na suinocultura impulsiona interesse por bacteriófagos como alternativa sustentável e eficaz.
A suinocultura brasileira ocupa posição de destaque no cenário global. Mas, diante dos desafios sanitários e ambientais, novas soluções vêm sendo discutidas. Uma delas é o uso de bacteriófagos, agentes naturais capazes de combater infecções bacterianas com alta precisão.
Neste artigo produzido pela parceria da Proteon Brasil com a Quiron Comunicação & Conteúdo, exploramos os principais aspectos dessa nova tecnologia com base em dados recentes do setor e estudos acadêmicos nacionais.
A Suinocultura no Brasil
De acordo com o Relatório Anual da ABPA (2025), o Brasil produziu 5,305 milhões de toneladas de carne suína, movimentando cerca de R$ 56 bilhões. A maior parte dessa produção (74,5%) abastece o mercado interno, enquanto 25,5% é destinada à exportação. Esse volume é viabilizado por sistemas de criação intensivos, que priorizam eficiência produtiva e redução de custos.
Entretanto, esses sistemas também apresentam desafios importantes no manejo sanitário, com destaque para o uso elevado de antibióticos, prática ainda comum para prevenir doenças e acelerar o crescimento dos animais.
O Problema do Uso Excessivo de Antibióticos
Antibióticos como amoxicilina, tiamulina, doxiciclina, florfenicol e colistina são amplamente utilizados em granjas suínas brasileiras, não apenas para tratamento de doenças, mas também de forma preventiva (profilática) e como promotores de crescimento.
Esse uso indiscriminado tem sérias consequências como: Aumento da resistência antimicrobiana, diminuição da eficácia de tratamentos médicos e Contaminação ambiental por resíduos de antibióticos.
O Estudo da USP e a Quebra de Paradigmas
Um estudo analisado pelo artigo da Proteon Brasil e realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em 25 granjas espalhadas pelo Brasil mostrou que não há relação direta entre o aumento no uso de antimicrobianos e a produtividade dos plantéis.
Esse dado derruba um dos principais argumentos em defesa do uso contínuo de antimicrobianos na suinocultura, abrindo espaço para novas abordagens mais seguras e eficazes.
Bacteriófagos: O Que São e Como Funcionam?
Os bacteriófagos, ou fagos, são vírus que infectam exclusivamente bactérias. Ao invadirem suas células-alvo, eles se replicam e destroem essas bactérias, ajudando a controlar infecções. Diferentemente dos antibióticos, os bacteriófagos:
- São altamente específicos, atingindo apenas as bactérias patogênicas, sem afetar as benéficas
- Não deixam resíduos em carne, leite ou meio ambiente
- Acompanham o ciclo natural de equilíbrio bacteriano nos animais
Essas características fazem dos bacteriófagos uma solução eficaz, natural e sustentável no combate a infecções bacterianas em sistemas produtivos.
O uso de bacteriófagos se alinha às diretrizes internacionais de combate à resistência antimicrobiana e à crescente demanda dos consumidores por produtos mais seguros e livres de antibióticos.
A Proteon Brasil acredita que a biotecnologia tem papel central na construção de um modelo produtivo mais sustentável. Por isso, lançamos este primeiro conteúdo como parte de uma série educativa que pretende levar informação de qualidade a profissionais da saúde animal, produtores e toda a cadeia agropecuária.
Acesse o Conteúdo Completo
Se você quer entender em detalhes como os bacteriófagos funcionam e por que eles representam o futuro da sanidade animal, leia o artigo completo publicado pela Proteon Brasil:
Uso de Antibióticos na Suinocultura Brasileira e o Potencial dos Bacteriófagos como Alternativa Sustentável
A DigiVets, plataforma referência em inovação e tecnologia na saúde animal, publicou uma matéria especial sobre o artigo da Proteon, destacando os principais pontos da análise e a importância dos bacteriófagos como alternativa aos antibióticos.
Para conferir a matéria completa, acesse:
https://digivets.com.br/posts/quiron-conteudo-proteon-brasil-bacteriofagos/